quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Prática de esportes – Alterações muito além dos músculos e percentual de gordura…

Prática de esportes – Alterações muito além dos músculos e percentual de gordura…


prática de esportes interfere mais em nosso corpo do que podemos imaginar. As mudanças causadas pela atividade física no corpo dos atletas vão muito além dos músculos e do baixo percentual de gordura. O coração, por exemplo, sofre alterações para se adaptar aos exercícios.
Primeiro, entenda seu coração!
O coração é um órgão complexo, com duas bombas que “trabalham” no mesmo ritmo. Funciona como uma bomba inteligente: sua vazão é ajustável às necessidades do organismo.
O lado direito bombeia sangue venoso para os pulmões, onde ocorre a eliminação do gás carbônico e a absorção do oxigênio pelos glóbulos vermelhos. Já o lado esquerdo bombeia o sangue renovado para o restante do corpo, fornecendo oxigênio e outros nutrientes vitais para tecidos e órgãos.
Atletas de modalidades esportivas aeróbicas, como nadadores, corredores de longa distância, ciclistas, remadores e praticantes de triatlo, tendem a apresentar frequência cardíaca de repouso mais baixa que a de indivíduos sedentários.
Em pesquisas realizadas já foram encontrados maratonistas de elite com frequência cardíaca de cerca de 30 batimentos por minuto em repouso!
Comprovação
Um estudo realizado por médicos alemães e americanos, publicada na revista científica “Radiology“, mediu com precisão, por meio de ressonância magnética, o coração de 26 triatletas e mais 26 homens sadios.
As conclusões apontam que o que antes era visto como doença, hoje, os especialistas entendem que são adaptações fisiológicas do corpo aos exercícios físicos.
Resultados
Entre os triatletas, os ventrículos direito e esquerdo estavam 30% maiores se comparados com o outro grupo. A espessura das paredes do coração também aumentou. No ventrículo esquerdo, a parede ficou 15% mais grossa entre os atletas. O volume de sangue bombeado subiu quase 30%.
Bomba inteligente
Como as mudanças foram simétricas, os especialistas as consideraram como adaptações do corpo aos treinamentos. No triatlo, por exemplo, os treinos exigem força e resistência, o que dá um maior impulso às transformações no corpo.
O volume maior dos ventrículos e a espessura de suas paredes permite que o coração bombeie mais sangue a cada batida. Assim, o oxigênio chega de forma mais eficiente às pernas e aos braços.
Além disso, com o maior volume de sangue a cada batida, a frequência cardíaca em repouso cai até pela metade, informa Turíbio Leite de Barros, coordenador do Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte da Unifesp. “Os batimentos de alguém que não é atleta e tem um coração normal vão a 70 por minuto. Atletas chegam a ter só 35″, explica.
Além do coração…
As modificações não param por aí: pernas e braços ganham mais vasos. O corpo produz mais óxido nítrico, substância vasodilatadora. Ou seja, as passagens para o sangue aumentam e ficam mais abertas.
Para receber mais oxigênio, as células dos músculos ficam com mais mitocôndrias, as estruturas que produzem energia.
O coordenador do Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte da Unifesp informa que essas alterações microscópicas são as primeiras a surgir quando a pessoa entra em uma rotina intensa de exercícios. No entanto, se o atleta parar de se exercitar, elas regridem em dias.
Já as mudanças no coração levam anos e demoram mais para sumir.
O médico da Unifesp ressalta ainda que o fato de as mudanças não serem permanentes ajuda a diferenciar as adaptações no órgão causadas pelo exercício ou por doenças, como a insuficiência cardíaca, uma das principais causas de morte súbita.

sábado, 30 de outubro de 2010

Um pouco da história da capoeira.

Raízes africanas 
A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão-de-obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Os angolanos, na África, faziam muitas danças ao som de músicas. 

No Brasil 
Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta.

Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.

A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome desta luta.

Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro. 

Quem foi Mestre Bimba na capoeira?

 
Manoel dos Reis Machado, também conhecido como Mestre Bimba (Salvador, 23 de 

Novembro de 1899 - Goiânia, 15 de Fevereiro de 1974) criou a capoeira regional ao 

perceber que a capoeira perdera seu valor marcial e estava se tornando apenas uma 

dança folclórica. Mestre Bimba tinha o intuito de criar não apenas uma luta, mas 

também um estilo de vida. Praticantes dessa arte se denominaram "capoeira". 

Além disso, Mestre Bimba também criou uma variação da capoeira regional, a Benguela.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Um pouco da história da enfermagem e de Florence

A História da Enfermagem
A enfermagem é uma profissão que se desenvolveu através dos séculos.
Somente nos séculos XII e XIV é que houve o progresso da ciência, aumentando os recursos profissionais na área da cura.
Período Antes de Cristo
Nesse período a doença era considerada como castigo de Deus ou efeito do poder do demônio; por isso recorriam à sacerdotes que acumulavam funções de médico e enfermeiro.
O tratamento consistia em afastar os maus espíritos através de banhos, massagens, etc.
No Egito praticava-se o hipnotismo.
Na Assíria a medicina era praticada através da magia.
Na Grécia os médicos conheciam os sedativos, fortificantes, ossos, circulação e faziam ataduras.
Período Florence Nithingale
Nascida em Florença em 12 de maio de 1820, era dotada de uma inteligência incomum. Em 1854, seguiu para a guerra da Criméia, instalou em dois hospitais o seu serviço, prestando atendimento a 4.000 feridos. Florence ficou conhecida como a dama da lamparina, pois era com uma lamparina na mão que ela percorria as enfermarias à noite. Até meados do século XIX, era praticamente nula a assistência aos enfermos nos hospitais de campanha, onde a insalubridade aumentava ainda mais o número de mortos. Com seu trabalho, Florence Nightingale lançou as bases dos modernos serviços de enfermagem. Educada pelo pai, aprendeu grego, latim, francês, alemão e italiano, história, filosofia e matemática. Em 7 de fevereiro de 1837, acreditou ter ouvido a voz de Deus conclamá-la a uma missão. Interessou-se então pela enfermagem, e após formar-se por uma instituição protestante de Kaiserweth, Alemanha, transferiu-se para Londres, onde passou a trabalhar como superintendente de um hospital de caridade. Florence não conhecia o conceito de contato por microorganismos, uma vez que este ainda não tinha sido descoberto, porém já acreditava em um meticuloso cuidado quanto à limpeza do ambiente e pessoal, ar fresco e boa iluminação, calor adequado, boa nutrição e repouso, com manutenção do vigor do paciente para a cura. Em suas escolas, Florence baseava sua filosofia em quatro idéias-chave: 1. O dinheiro público deveria manter o treinamento de enfermeiras e este, deveria ser considerado tão importante quanto qualquer outra forma de ensino. 2. Deveria existir uma estreita associação entre hospitais e escolas de treinamento, sem estas dependerem financeira e administrativamente. 3. O ensino de enfermagem deveria ser feito por enfermeiras profissionais, e não por qualquer pessoa não envolvida com a enfermagem. 4. Deveria ser oferecida às estudantes, durante todo o período de treinamento, residência com ambiente confortável e agradável, próximo ao local. Durante a guerra da Criméia, entre 1854 e 1856, integrou o corpo de enfermagem britânico em Scutari, Turquia. Seu trabalho de assistência aos enfermos e de organização da infra-estrutura hospitalar a tornou conhecida em toda a frente de batalha. Publicou Notes on Matters Affecting the Health, Efficiency and Hospital Administration of the British Army (1858 Notas sobre a saúde, a eficiência e a administração hospitalar no exército britânico). Fundou em 1860 a primeira escola de enfermagem do mundo. Em 1901, completamente cega, parou de trabalhar. Morreu em Londres, em 13 de agosto de 1910. 
A Enfermagem como profissão
Atualmente a enfermagem não é somente arte, mas uma ciência, pois baseia-se em princípios científicos.
Para Wanda Horta a enfermagem tem três seres:
- o ser enfermagem
- o ser enfermeiro
- o ser paciente.

Sinais Vitais usados na Enfermagem e Educação Física

Sinais Vitais
Os sinais vitais do paciente são: temperatura, pulso, respiração e a pressão arterial. Existem equipamentos próprios para a verificação de cada sinal vital, que devem ser verificados com cautela e sempre que possível não comentá-lo com o paciente.
Temperatura
A temperatura é a medida do calor do corpo: é o equilíbrio entre o calor produzido e o calor perdido. Tempo para deixar o termômetro no paciente é de 5 a 10 minutos.

- Valores da temperatura:

É considerado normal 36ºC a 37ºC

Temperatura axilar- 36ºC a 36,8ºC

Temperatura inguinal- 36ºC a 36,8ºC

Temperatura bucal- 36,2ºC a 37ºC

Temperatura retal- 36,4ºC a 37,2ºC

Pulso e Respiração
O pulso e a respiração devem ser verificados no mesmo procedimento, pois o paciente pode interferir, parando ou alterando o ritmo respiratório.
Pulso
O pulso radial é habitualmente o mais verificado.

Média normal do pulso:

Lactentes: - 110 a 130 bpm (batimentos por minuto)

Abaixo de 7 anos: - 80 a 120 bpm

Acima de 7 anos: - 70 a 90 bpm

Puberdade: - 80 a 85 bpm

Homem: - 60 a 70 bpm

Mulher: - 65 a 80 bpm

Acima dos 60 anos: - 60 a 70 bpm

Respiração
A principal função da respiração é suprir as células do organismo de oxigênio e retirar o excesso de dióxido de carbono.

Valores normais:

Homem: - 16 a 18 mpm (movimentos por minuto)

Mulher: - 18 a 20 mpm

Criança: - 20 a 25 mpm

Lactentes: - 30 a 40 mpm

Pressão Arterial
É a medida da força do sangue contra as paredes das artérias. A medida da pressão arterial compreende a verificação da pressão máxima chamada sistólica e pressão mínima diastólica.

- Valores normais para um adulto:

Pressão sistólica: 140x90mmHg

Pressão diastólica: 90x60mmHg